Cristina Homem de Mello

Olá, meus queridos... Eu sou Cristina, Cristina Homem de Mello. E se você está aqui, lendo ou ouvindo minhas palavras, é porque, de alguma forma, nossas histórias se encontraram. Então, permita-me contar um pouco de quem eu fui... e, de certa forma, ainda sou.

Nasci no dia 10 de maio de 1954, filha de Oscar José Vieira Homem de Mello e de Janira Costa Homem de Mello. Vivi uma vida cheia de afetos, encontros, experiências e memórias que levo comigo — e sigo viva nelas, no amor que plantei e nas lembranças que deixo. 

Minha jornada neste plano se encerrou no dia 20 de julho de 2023, mas o que construí, as histórias que vivi e o carinho que compartilhei continuam ecoando nos corações de quem me amou e me ama.

Se eu pudesse me definir em poucas palavras, diria que fui, essencialmente, uma mulher de alma leve, sorriso fácil e coração aberto. Sempre amei estar cercada de pessoas. Receber amigos em minha casa não era apenas um prazer — era quase uma celebração da vida. 

Nada me fazia mais feliz do que uma sala cheia de risadas, conversas soltas, olhares cúmplices e aquele som maravilhoso de gente que se gosta.

Sabe... nunca fui fã de ir ao cinema, curiosamente. Preferia o aconchego da minha casa, da minha poltrona, da minha televisão — com um bom filme, um prato gostoso e, de preferência, uma boa companhia. Porque, sim, a boa mesa sempre foi uma paixão. Cozinhar? Ah... confesso que nunca foi meu dom — mas apreciar uma boa comida... isso sim, era comigo mesma!

Se existe uma paixão que me acompanhou por toda a vida, foi a França. Pela cultura, pela língua, pela beleza e pela história desse país que habita meu coração. Fui professora de francês por muitos anos, e minha conexão com esse idioma é parte fundamental de quem eu sou. Estudei em escolas francesas desde a infância, morei em Paris por três anos, fiz uma pós-graduação na Sorbonne e, desde então, trago comigo um pedaço de Paris em cada palavra, em cada memória, em cada sorriso.

A vida, com seus ciclos e desafios, me ensinou muito. Passei por momentos de transformação, como quando precisei deixar para trás meu antigo apartamento, um espaço cheio de memórias e afetos. Foi um período difícil, que me trouxe tristeza, saudade e também reflexões profundas. Mas, como sempre, encontrei nas amizades, no amor e na conexão com as pessoas, a força para seguir em frente.

Fui, sem dúvida, muito feliz. E que sorte eu tive! Sorte de ter vivido cercada de pessoas incríveis, de ter construído amizades que são verdadeiros presentes. Pedro, Lilian, Bernardo... amizades de mais de vinte anos que enchem minha história de significado e alegria.

Levo comigo cada memória, cada conversa, cada riso, cada lágrima de saudade e, principalmente, cada amor que plantei por onde passei. Porque, no fim, é isso que somos: histórias, memórias, presenças que permanecem vivas no coração de quem nos amou e nos ama.

Obrigada, de coração, por fazer parte da minha vida. Aqui ficam as minhas memórias, meu sorriso, meu amor e a minha eterna gratidão.

– Cristina Homem de Mello